sábado, 16 de abril de 2011

Confusão


   Por mais que o amor seja o sentimento mais mágico que existe, é também o mais complexo. Ele implica em praticamente todos os outros. Só sentimos saudade, preocupação, ciúmes etc porque amamos. Mas será que existem tipos de amor?
    Outro dia uma amiga veio dizer que ama o garoto com quem ela "fica" e não consegue parar de pensar nele, fiquei pensando "ela gosta mesmo dele". Na mesma conversa ela citou o amor que tinha pela mãe, pensei de novo "normal, família". Pouco depois falou que amava melancia mais que tudo na sua vida, "ok, louca". E quando se despediu de mim disse "beijo friend, te amo". Horas depois quando sentei em casa pra estudar, mas não consegui, lembrei disso e fiquei a me questionar como uma pessoa pode amar um "namorado", a mãe, a amiga e uma fruta. São tão distintos. Tentei então achar o significado de cada um desses amores. 
    O sentimento dela pela melancia é pelo sabor. O que ela ama é comer a fruta, o gosto que ela tem, não a fruta em si. A mãe é quem a trouxe ao mundo, que daria a vida por ela, uma pessoa que além de tudo é admirada. Eu sou amiga, o que me torna uma irmã sem ser de sangue. Quem ela procura tanto pra contar fofocas, chorar ou confiar algum segredo. Me ama pois se preocupa e tem um carinho por mim, por saber que estarei ao seu lado pra tudo. Quanto ao rapaz, esse se chama paixão. Mas nada deixa de ser amor. Engraçado.
    O problema é saber qual você sente. No caso dessa amiga foi fácil, pelos amados serem tão diferentes. Mas imaginem que o amigo resolve virar namorado. Ou se o namorado começa a parecer só amigo. Pois é, digam a diferença desses amores. Acreditem, não é fácil. Pode parecer, pois quando há paixão e desejo  fica fácil de identificar. Mas não necessariamente. Aquele seu amigo pode beijar super bem, ser um fofo, além de rolar uma química e dele ser até ser bonito.Encontrou o par perfeito. Certo? Não necessariamente. Como namorado a história muda, nem sempre é a mesma coisa. Uma série de fatores entram em jogo, até a própria liberdade. Ainda bem que com muitos há sucesso.
    O real problema é quando se namora e vê que não era bem o que imaginava. Por mais que você termine algum sentimento fica. E com ele fica a confusão. Pensa ter feito o certo, fez o certo. Mas sente falta. Quer ligar, sair, conversar, talvez até recuperar o tempo perdido, ou simplesmente vê-lo. Mas aí vem o maior de todos os problemas: o que você quer. Certas horas parece ter certeza de que fez o possível mas não estava dando certo. Outras quer correr e agarra-lo. Depois pensa que não quer isso, só quer te-lo ao seu lado, quer um amigo. Mas se o quer como amigo por que quis beija-lo? Nisso tudo só há uma certeza: você o ama. E se nem o coração nem a razão conseguem te dizer que tipo de amor é esse, deixe que o tempo te diga. Só resta torcer pra que ele mande logo algum sinal.

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